O sol nos queima,
o azul nos condena,
e os ventos nos levam,
pra onde o mar se emenda.
Se o ser é tão eu,
como pode não ser tão meu?
Todos nos olham,
com olhares de fumaça,
todos nos fuzilam,
como se fôssemos uma só massa.
Se ficar é tão necessário,
como podemos deixar somente no imaginário?
Hoje o tempo corre,
Hoje o mundo morre.
E o que antes era horror,
hoje não passa de um louvor.
Tanta inveja,
Tanta vingança,
Que quase já não cabe mais tanta matança.
É num free-lance que partimos,
e é nele que decaímos.
Porque você não vem,
mudar o mundo que o contem?
Porque você não se apaixona,
e confia em quem tanto lhe faz bem?
As cores podem ser mais vivas,
mas é preciso um pouco de cafeína.
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