sexta-feira, 10 de julho de 2015

Voltei

Ah, que saudades
saudades de mim
saudades do amor
saudades da vitória

Porquê me fui assim que me encontrei?

Porque me encontrei assim que me busquei?
Porque deixei ir sem nem mesmo ficar?
Porque não fiquei?

Sabe, depois de tanto tempo nada melhor que voltar

Mais experiência? Talvez.
Mas a verdade é que nossa essência nunca muda
Ela salta de dentro para fora

E o contrário é engano

Somos o que exalamos

Tem época que não somos

por medo de viver
enganamos os nossos passos
sem nem mesmo tremer

Mas o que importa é a vitória

Aquela que vibra por dentro
aquela que te move à ação
aquela que encontra teu coração

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Profundezas de um mar inquieto


Meu mar,
Um oceano tão cheio, mas por vezes tão silencioso que me dói.
Quando eu quisera gritar, espernear, ele simplesmente mostrou-me que todos os seres habitantes estavam em profunda meditação.
Meu coração virou pó. Minhas emoções sufocaram no meio das águas dos meus conturbados pensamentos involuntários e angustiantes.
E porque falar de mim se quem vive aqui não é só eu, mas um bando? Nada depende só de mim, e eu sozinha já sou um vasto campo que hora respira lentamente, hora cai em correnteza que quase mata, fere.
Tudo parece normal, calmo demais e superficial demais. Não tenho coragem de mergulhar, às vezes, nesse meu mar. As profundezas podem me assustar, meus medos podem ser reais e aí a minha esperança é morta. Não quero entrar, mas fico angustiada do lado de cá, dessa vista tão observadora que quase tudo permite, sorri pra não passar a verdade que corrói.
Porque, lá no fundo, pode ser que os habitantes sejam mesmo como aqui em cima, e talvez eu só necessite de um remédio tranquilizante pra minha imaginação não ir tão longe. 
Mas eu continuo aqui em cima, como se não pudesse chegar lá.
Não me deixo, e não me permitem. Os seres que habitam são egoístas demais pra compreender meus momentos. E momentos são humanos, só que eles não são humanos. Os terríveis seres do meu mar.
Eu não queria correnteza ou águas paradas. Eu só queria nadar e ter um caminho pra traçar e chegar. Não queria ficar aqui parada imaginando o que pode ser. E enquanto eu não me movo pra algum lado, eu simplesmente movo minha imaginação.
Às vezes jogo pedrinhas na superfície, pra ver se faz algum movimento lá embaixo e algo sinta que estou ali, viva.
Às vezes eu só fico calma também pra fingir que está tudo bem, mas no fundo eu queria ver as cores do meu mar.
Só queria que meu mar fosse realmente meu, e que eu pudesse compartilhá-lo. Mas ele está distante de ser assim, visto que, em comunidade não se vive nosso mundinho, se não morreríamos ou suicidaríamos.
Ser ou não ser, já dizia Shakespeare.
Belo filósofo, observava o seu redor com as pupilas de um andante. Na verdade, somos todos meros observadores do nosso eu, do que almejamos e pra onde vamos. Só que não somos o que queremos, e tampouco queremos o que somos. Temos inseguranças, medos, paixões, desejos. E tudo é um mar complicado, são as profundezas da nossa verdade mais sincera.
Não temos superpoderes, não sabemos ler a mente das pessoas e nem adivinhar quando um “eu te amo” pode ou não fazer uma pessoa agir conforme o que sente. Por isso não é fácil viver num mar tão vasto, tão duvidoso e incoerente. A única coisa que com toda a certeza podemos fazer é acreditar em nós mesmos, a fim de ter esperança de que lá no final o mar possa ser o que a gente sonhou. Mas, até lá, seremos taxados de idiotas, ingênuos e carentes.
Ou, não precisamos ir muito longe, pois até mesmo antes disso os cientistas já nos avisaram de que no fundo tem seres feios, monstruosos e que não vivem com um pontinho de luz se quer.

E podem acreditar que, por incrível que pareça, sou uma pessoa otimista.

domingo, 16 de junho de 2013

L pra Viver



Sim, somos livres

Independente de partido, estado civil, orientações religiosas, somos livres. 


Mas pra ser livre não basta dizer, tem que viver a liberdade real e sincera. Nossa liberdade interior.




Diamante-de-Gould


O meu pássaro é o mais lindo de todos, é colorido sempre que vem até mim e quando sai por aí. Sem querer eu cometi o erro de trancá-lo, e aí ele ficou preto, parecia que ia asfixiar. Meu coração acelerou de uma forma que pensei que ia perdê-lo. Soltei ele, saiu meio zonzo e bateu as asas mais devagar como de costume. Fiquei com medo. Ele tem que ficar bem, e sei que vai, só é preciso que ele saia pra ver a luz do dia. Coitado do meu passarinho. Ele chega a não cantar pra mim quando faço isso, pois fica com medo das minhas mãos que ora acariciam e ora, sem querer, o prendem. Mas não gosto de fazer isso, levo um susto, e não quero jamais o prender. É quando me lembro que lá fora é a natureza dele e ele não precisa ficar aqui. Quando ele quiser ele vem, e isso já é uma honra. Afinal, quantas são as pessoas que tem passarinhos livres que vem espontaneamente pousar um tempinho a mais em suas casas? É, por isso que eu fiquei com medo de asfixiar o pequeno, tão bom e tão especial.

Ele saiu por aí, não o ouvi mais cantar. Só que tenho fé que ele volta, afinal escuto sua canção todos os dias na minha mente. Só que gosto mesmo quando ele vem pois é aí que minhas energias se renovam e toda a casa fica um colorido só. 
O diamante-de-gould é da natureza, é ela que o contém. As vezes que ele vem até mim, sinto-me parte da natureza, e entrego a mão que estará sempre estendida pra ele pousar. Os nossos momentos devem ser sempre coloridos de muita melodia.


Estamos na casa da natureza.


segunda-feira, 10 de junho de 2013

Eu, fora de mim.


Sempre eu.

A sociedade está disposta em robóticos do capitalismo que vivem num mundo irreal em que achamos que temos liberdade de expressão e por isso somos livres, quando ao contrário mal percebemos que estender um cartaz a favor do casamento gay passa longe de sermos aceitos na sociedade. E pior ainda, quando somos falsamente aceitos nos sentimos bem, ou melhor, fingimos que sim. É incrível como nos enganamos com nós mesmos e com o que produzimos em tempo de vida.
Pessoas que se dizem boas e que acreditam fielmente ser boas não aceitam se colocar no lado do "mal" e tentar ao mínimo compreender esse mundo outro que parece tão distante de nós. Muitos afirmam que a sociedade é dividida entre os bons e os maus mas não se dão conta de que somos bem e mal ao mesmo tempo, e a única coisa que nos diferencia é quais atitudes tomamos em determinadas situações, o que também é referencial e se você tiver a humildade e capacidade de se distanciar do fato vai sempre perceber que o meu ato considerado "bom" por mim e pela Ordem Correta de Agir em Vida vai ter um lado ruim para alguém, e aí deixa de ser dividido entre bons e maus.
Desde que nascemos aprendemos o que se pode e o que não pode fazer. O certo e o errado. Aí é que começamos a seguir a linha que nos mantem convivendo em sociedade, apesar das irregularidades que enfrentamos. Então criamos um pensamento influenciado que é mostrado para ser seguido e poucas vezes refletimos a respeito. Crescemos, nos tornamos adultos e vivemos dias corridos em que trabalhamos para comer, ter lazer, e principalmente para pagar as contas que não saem do vermelho. Quem tem tempo pra pensar e filosofar é realmente diferenciado da sociedade e um ser particular.
Diante de toda a nossa rotina difícil mas que tem seus momentos de prazer, não nos damos conta de que é necessário sair do casulo e ver lá do alto o que ninguém vê quando está envolvido de corpo e alma. É aí que criamos habilidades para compreender situações simples que nos incomodam no dia a dia e o que parecia enorme torna-se compreensível.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Minha nega

Ó minha nega, venha cá
escute o que tenho a lhe dizer
seus cabelos me enrolaram
e eu não consigo te esquecer

Chega mais,
cola em mim
teu calor é fogo aqui

Meu amor, não se vá
chegue perto pra ficar

Ó minha neega, meu amor
quero te dar o meu fervor
vamos namorar
e pra cá vamos ficar

Quero te beijar
te abraçar e te dizer
coisas que nem Deus e nem Jeová podem saber

Ó minha nega
estou aqui louco por você
o meu banho me dá inspiração
pra te ver e enlouquecer

E se você não me acreditar
pare e pense no seu bem
eu que posso é de dar
tudo o que você tem

E se for muito pouco,
Ah, meu bem, me deixas rouco
te taanto cantar, 
pra te encantar

Deixo-te aqui meu beijo,
pra provar do teu desejo
e se acaso quiseres o mesmo,
chega em mim que é teu terreno



sexta-feira, 8 de março de 2013

Ponto de Reflexão

A vida é um observar-se.

Eu canto, eu rio, eu choro, eu amo. Mas o eu muitas vezes é frequente demais em nossas vidas. É necessário que seja mais ele, ou ela, ou eles, ou nós.

Imagine-se o dono do mundo, o criador.

O que você mudaria se estivesse lhe observando?

Estamos todos ligados, unidos por um fio imaginário e muito sutil que nos orienta conforme caminhamos.

Portanto,

FOTOGRAFE.

Um bom fotógrafo é aquele que observa, que pisca na paisagem mais bonita, até mesmo quando ninguém consegue ver.

Consegue manter a observação grande, e aquilo que incomoda bem pequeno.

Muitos ainda acordam todas as manhãs sendo as mesmas pessoas que reclamam, que não conseguem seus objetivos e que acham que o universo conspira contra eles. Basta olhar um pouco pra fora de si, observar as pessoas que estão ao seu lado, que você vê todos os dias, mas que a cada dia tem um quê a mais para acrescentar e que talvez você não saiba. O problema que persiste te acompanhar pode ser resolvido se uma simples atitude for mudada. Somos racionais, ainda bem, e podemos fazer escolhas e mudanças a nosso favor ou por um bem ainda maior que não somente o nosso ego. 



Seja apenas amor, nada mais.

Deixe que viva, deixe que floresça.

Permita-se o bem maior,




Ana Carolina Domingues



quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O sol nos queima,
o azul nos condena,
e os ventos nos levam,
pra onde o mar se emenda.

Se o ser é tão eu,
como pode não ser tão meu?

Todos nos olham,
com olhares de fumaça,
todos nos fuzilam,
como se fôssemos uma só massa.

Se ficar é tão necessário,
como podemos deixar somente no imaginário?

Hoje o tempo corre,
Hoje o mundo morre.
E o que antes era horror,
hoje não passa de um louvor.

Tanta inveja,
Tanta vingança,
Que quase já não cabe mais tanta matança.

É num free-lance que partimos,
e é nele que decaímos.

Porque você não vem,
mudar o mundo que o contem?

Porque você não se apaixona, 
e confia em quem tanto lhe faz bem?

As cores podem ser mais vivas,
mas é preciso um pouco de cafeína.